segunda-feira, novembro 01, 2010

Um presente para Thay

Em uma ocasião nós queríamos oferecer para Thay um presente de dia de Ação de Graças. Meu trabalho era encontrar o que ele realmente queria. Enquanto outros estavam desfrutando de um piquenique naquele dia, eu tentei achar uma maneira de chegar perto e perguntar a Thay.

“Querido Thay, o que você mais quer?” Thay olhou para mim e sorriu. “O que eu quero? Thay não gosta em especial de coisa nenhuma.” Eu senti que ele ainda não tinha respondido, portanto perguntei novamente: ”Mas querido Thay, deve haver algo que você goste em especial?” Ele então olhou diretamente para mim. “Há. Thay quer que todos os seus alunos se amem. Amar a Thay significa amar a cada um.” Eu estava tão emocionada que fiquei em silêncio. Thay apenas quer que nós vivamos felizmente juntos.

sexta-feira, outubro 29, 2010

Não vindo, nem indo

Não vindo, nem indo;
Nem antes, nem depois.
Tenho você junto a mim,
Deixo você ir para que seja livre.
Porque estou em você, e você está em mim.
Porque estou em você, e você está em mim


Versão em Mp3 (Clique aqui)
Voz: Gisele Tigre
Violão:Oriana Brás
Mixagem: Filipe Coury
Produção: ©Sangha Viver Consciente 2010


quarta-feira, outubro 27, 2010

Músicas de Plena Consciência

A Sangha Viver Consciente gravou algumas músicas de Plum Village que têm versão em português. Publicaremos essas músicas aos poucos para você desfrutar e praticar. Abaixo a música mais cantada e com versões em inúmeras línguas: Inspirando, Expirando.

Inspirando, Expirando

Inspirando, expirando
Eu floresço num jardim
Sou suave como o orvalho
Sou tão sólido quanto a montanha
E sou firme como a terra
Eu sou livre

Inspirando, expirando, inspirando, expirando
Sou espelho como a água
que reflete a realidade
E eu sinto que há espaço
bem dentro de mim
Eu sou livre, eu sou livre, eu sou livre


Versão em Mp3 (Clique aqui)
Voz: Gisele Tigre
Violão:Oriana Brás
Mixagem: Filipe Cury
Produção: ©Sangha Viver Consciente 2010



quinta-feira, outubro 21, 2010

O que fazer quando ficamos com raiva?

Quando menos esperamos a raiva pode nos subjugar. Nossa mente se estreita, nossa paciência vai embora e o que pensamos ser a causa da nossa raiva é atacada por pensamentos, palavras ou até ações. Muitos hormônios nocivos são lançados na nossa corrente sanguínea , nossos batimentos cardíacos sobem e perdemos temporariamente a lucidez. A beleza do mundo some e nossa mente passa a andar em círculos, presa, sem liberdade. O que fazer quando isso acontece?

Thich Nhat Hanh responde a esta pergunta no texto sugerido desta semana ( clique aqui ). Ele nos ensina que o modo mais sábio é reconhecê-la, permitir que exista, e abraçá-la ternamente. Nunca reprimi-la. Você a abraça ternamente com a energia de plena atenção. O Buda recomendou enquanto estivermos bravos nós não digamos ou façamos qualquer coisa, porque isso é perigoso. Após abraçar a raiva é muito importante praticar o olhar em profundidade nas raízes de nossa raiva.

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quarta-feira, outubro 20, 2010

Experimentando a Medicina Zen (por Erica Hamilton)

Em dezembro de 1997, eu era aluna de pós-graduação no programa de psicologia comunitária da Georgia State University. Ao final do primeiro semestre, fiquei muito doente e tive que passar todas as três semanas das férias de inverno na cama. Precisava ir ao banheiro mais de 15 vezes por dia e defecava sangue. Tinha febre todos os dias. Foi então que os médicos me diagnosticaram pela primeira vez com doença inflamatória intestinal. Naquela época, disseram-me que eu tinha colite ulcerativa, mas depois mudaram o diagnóstico para doença de Crohn.

Corticóides, que inibem o sistema imunológico, e “Asacol,” um remédio para tratar DII, contribuíram para a remissão temporária dos sintomas – mas esses corticóides tinham uma desvantagem: deixavam-me agitada. Com esses remédios, eu ficava “ligada” vinte e quatro horas por dia. Minha mente não parava nunca e era difícil adormecer ou ter uma boa noite de sono.

No início de 1998, a doença voltou, atacou meu intestino durante vários meses e depois cedeu por mais alguns meses. Depois voltou novamente, aquietou-se de novo, em um ciclo interminável. Naquela época, os médicos só identificaram a doença em meu colo sigmóide e o uso de corticóides foi eficaz, permitindo a remissão da doença. Em cada episódio, eu passava meses alimentando-me de uma dieta insossa, consumindo alimentos simples, que raramente incluíam vegetais, frutas, frutas secas, feijões ou sementes. Minha dieta básica consistia de arroz, massas, ovos, tofu, peixe e bananas. Era comum eu acordar com a sensação de ter que ir correndo ao banheiro, ainda de madrugada. Sentia dor e urgência intestinal, dia e noite.

Os ciclos continuavam – alguns meses sentindo-me mal, perdendo peso, seguidos por alguns meses de recuperação e ganho de peso – durante vários anos. Na verdade, eu diria que terminei minha tese de mestrado graças à terapia com corticóides, pois os medicamentos me davam insônia e me permitiam trabalhar até tarde da noite para terminar o trabalho!

Alguns meses após defender minha tese de mestrado, em novembro de 1999, admiti que a pós-graduação era estressante demais para mim e que eu precisava dar um tempo. Naquela época, meu namorado era francês, e decidi mudar-me com ele para a França. Uma semana após nossa chegada, a doença surgiu novamente durante uma viagem à Tunísia, no norte da África. Quando voltamos para a França, um médico francês confirmou que eu passara por um episódio de colite ulcerativa e voltei ao tratamento com corticóides. Como esses medicamentos costumam agir rapidamente, em poucas semanas comecei a me sentir melhor – só que, dessa vez, o tratamento não parecia estar ajudando muito...

Minha irmã, Liza, estava morando em Bruxelas. Visitei-a algumas vezes e, em uma dessas ocasiões, ela me disse: “Colite ulcerativa é um nome horrível. Temos que dar outro nome para a sua doença… Algo como “Kitten Snickers.” O nome pegou. Amigos e parentes passaram a chamar minha doença de “Kitten Snickers”.

Minha vida na França se resumia a repouso, yoga, emails e, de vez em quando, uma saída para ir ao correio ou a alguma loja, se eu tivesse energia para sair de casa. Foi uma fase muito difícil - não sabia se conseguiria melhorar e a maioria dos meus parentes e amigos morava muito longe. Sentia-me sozinha e assustada. Todos os dias eu sofria dos mesmos sintomas, alimentava-me da mesma dieta insossa. A cada dia, o estresse sentido pelo meu namorado e sua família aumentava. Estavam visivelmente preocupados com o fato de eu não me recuperar.

No começo de abril de 2000, decidi que uma semana de meditação poderia ajudar minha saúde e ser algo bom para minha irmã também. Assim, Liza e eu partimos para o sul em direção a Plum Village, o monastério e centro de práticas budistas onde Thich Nhat Hanh, mestre zen-vietnamita, vive e transmite seus ensinamentos. Plum Village está rodeada por vinhedos e montanhas, no esplêndido interior da França, a leste de Bordeaux.

Ao chegar a Plum Village, senti imediatamente uma onda de paz. Senti o apoio e a harmonia das monjas de Lower Hamlet. Eram receptivas e calmas. Lembro-me de ver o pôr do sol sentada em algumas pedras, de frente para o pomar. Pensei, “Quanta felicidade — os pássaros, animais e árvores parecem adorar este lugar!”

Honestamente, tinha receio de não tolerar Plum Village. Não sabia se conseguiria me concentrar e passar tanto tempo meditando, todos os dias. Inicialmente, foi um choque cultural. Sempre que o sino soava, ou o telefone ou o relógio de parede tocava, todo mundo em Plum Village parava o que estava fazendo e, em plena consciência, observava três respirações. Liza e eu precisamos de alguns dias para nos acostumarmos a parar e observar nossa respiração ao ouvirmos o sino soar. No começo, também tivemos dificuldade em seguir a programação dos monásticos. Acordávamos às 5 da manhã, praticávamos meditação sentada às 5:30, tomávamos café da manhã às 7:30, fazíamos meditação do trabalho às 8:30, praticávamos meditação caminhando às 11:00, almoçávamos ao meio-dia, sentávamos novamente para meditar às 17:30 e jantávamos às 18:30. O Nobre Silêncio começava às 21:30 e continuava até o final do café da manhã do dia seguinte. Durante o Nobre Silêncio, ninguém podia falar nada – o que não era nada fácil nem para Liza, nem para mim, principalmente com nossa herança ítalo-judaica. Algumas vezes também nos vimos forçadas a driblar ataques de risos incontroláveis!

Não achei que saberia lidar com o rigor da programação diária e com minha doença ao mesmo tempo, mas comecei a me sentir melhor com o passar dos dias. Meu rosto ficou mais corado e os sintomas começaram a desaparecer. Fui me sentindo mais à vontade simplesmente ao acompanhar minha respiração. Como podia ser tão simples e, ao mesmo tempo, ajudar tanto? Eu me sentia segura ao fazer parte de um corpo maior, a “Sangha,” uma comunidade de pessoas praticando a plena consciência. Liza e eu decidimos que uma semana não seria suficiente, então ficamos mais uma semana. Depois, acabei decidindo ficar mais tempo e, com o consentimento da comunidade de Plum Village, fiquei por um total de quase seis semanas.

Em Plum Village aprendi a saborear minha comida e a me alimentar com plena consciência. As refeições eram feitas em silêncio nos primeiros 15 minutos para que todos pudessem se concentrar totalmente na comida. Recitávamos as cinco contemplações antes de cada refeição:
“Este alimento é presente de todo o Universo: ele veio da terra, do céu, de numerosos seres vivos e de muito trabalho árduo.
Que possamos comê-lo em plena consciência e com gratidão, a fim de sermos dignos de recebê-lo.
Que possamos reconhecer e transformar nossas formações mentais não saudáveis, principalmente a ganância, e aprendermos a comer com moderação.
Que possamos manter nossa compaixão viva através de uma alimentação que alivie o sofrimento dos seres vivos, preserve nosso planeta e reverta o processo de aquecimento global.
Aceitamos este alimento para que possamos nutrir nossa irmandade, fortalecer nossa Sangha, e cultivar nosso ideal de servir a todos os seres.”

Antes de começar a comer, tentava identificar a origem dos alimentos que estavam no meu prato: se houvesse pão, por exemplo, pensava nos campos de trigo balançando ao vento, sob o brilho do sol. Se fossem ovos, pensava nas galinhas, seus ninhos e sua comida. Via a chuva, a luz do sol e o solo em cada bocadinho de comida.

O modo como as monjas de Plum Village praticavam a alimentação me ajudava a manter a plena consciência durante as refeições. Elas perceberam que eu não me servia de vários dos alimentos oferecidos nas refeições e me perguntavam, “Por que você não pode comer legumes ou verduras?”
“Meu sistema não aguentaria,” explicava. “Só posso comer alimentos mais simples.”
Certo dia, uma das monjas descobriu que eu podia comer banana. A partir de então, sempre que eu encontrava uma monja, acabava ganhando uma banana. Várias monjas chegaram a “quebrar” o Nobre Silêncio para me perguntar se eu queria mais uma banana. Em 24 horas, cheguei a ganhar seis bananas das monjas. A compaixão delas aqueceu meu coração.

Um dia, cometi o erro de me sentar à mesa das monjas. Vi uma senhora alemã sentada à mesa, então fui lá e me sentei também. Uma das monjas superiores sussurrou ao meu ouvido que aquela mesa estava reservada apenas para monjas. E, em seguida, outra monja superiora disse, “Tudo bem, quem sabe ela vira monja um dia.”
Após o almoço, essa monja veio atrás de mim e disse, “Erica, fique de olho no seu cabelo.”
“De olho no meu cabelo?”, perguntei.
“Isso mesmo, se você começar a sentar muito com as monjas, poderá ficar sem cabelo!” Ela se referia à tradição monástica de raspar a cabeça. Depois ela começou a rir, dizendo, “Só estava brincando com você!”
A amorosidade e o carinho dos monásticos e dos leigos em Plum Village foi, com certeza, responsável por parte do meu processo de cura. Sentia mais energia e mais alegria.

Liza também foi parte integrante do meu processo de cura. Ela sabia que eu completaria 27 anos em poucas semanas, no dia 18 de maio. Um dia, depois dos primeiros 15 minutos de silêncio no jantar, ela me perguntou, “Erica, o que você quer de aniversário?”
“Quero comer legumes,” respondi. “Só isso.”
Uma das monjas, a Irmã Tenzin, ouvir minha resposta e, de tempos em tempos, me perguntava “Será que daqui a pouco você poderá comer legumes?”
“Acho que sim,” eu respondia. E torcia para que fosse verdade. Sentia falta de legumes.

Na primeira vez que comi uma cenoura cozida em Plum Village, senti-me no paraíso. Foi o primeiro legume que comi em meses e tive muito cuidado, experimentando apenas um pedacinho. Estava embebido no saboroso caldo preparado pelas monjas com especiarias vietnamitas. Senti uma explosão de sabores na boca – uau! Que sensação incrível! Meus sentidos estavam altamente aguçados com tanta meditação e eu conseguia me concentrar totalmente naquela cenourinha. Desfrutei a textura e o sabor de cada uma das especiarias. Simplesmente derreteu em minha boca.

Comecei a me sentir cada vez melhor e passei a consumir mais legumes e frutas. Em 18 de maio, consegui comer legumes e até chocolate. Espalhei minha alegria oferecendo pedacinhos de chocolate a muitas pessoas em Plum Village. Foi absolutamente delicioso sentir sabores dos quais havia me privado por tanto tempo. Eu tinha recuperado minha saúde e percebi que chegara a hora de voltar aos Estados Unidos e procurar trabalho em uma organização sem fins lucrativos... (continua em outro post).

N.T. Mais de dez anos se passaram deste então. Atualmente, Erica Hamilton vive na Suécia. É membro ativo da Ordem Interser e, além da vida acadêmica, trabalha com aconselhamento voltado ao bem-estar. Está saudável e muito feliz.

-Traduzido por Denise Kato

quarta-feira, outubro 13, 2010

Ensinamentos sobre não-eu

Para muitos o ensinamento sobre não-eu do budismo é algo muito abstrato. Outros conseguem compreendê-lo na teoria mas não sabem como aplicar essa compreensão no dia a dia. O ensinamento sobre o não eu fala da interdependência de todas as coisas no universo. Nos mostra que para existirmos tudo mais tem que existir. Ele quebra com nossa noção de isolamento, de autonomia. Não só dependemos de tudo que existe nesse momento como de todos os nossos antepassados humanos, animais, vegetais e minerais

Thich Nhat Hanh no texto sugerido desta semana (clique aqui) nos ensina que olhando profundamente em nossa verdadeira natureza, vemos que o que chamamos Eu é feito apenas de elementos de não-eu. Assim você é o filho, mas não só é o filho, você é o pai. Se tirarem o pai de vocês mesmos, irão desmoronar. Vocês são a continuação de seu pai, de sua mãe, de seus antepassados. Isso é não-eu. O filho é feito de pai, o pai é feito de filho, e assim por diante. E a prática é que diariamente temos a oportunidade de olhar para as coisas deste modo -- caso contrário vivemos de um modo muito superficial, e não obtemos o coração da vida.

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sábado, outubro 09, 2010

Ontem não é igual a hoje

Quando o olhar da mente é límpido, vemos tudo como realmente é, de modo natural. Mas assim que os olhos se distraem com objetos externos, não vemos mais. Perdemos a capacidade de ver corretamente. Sons e imagens nos atacam, nos arrastam, nos puxam. Coisas que deveríamos ver, não vemos. Coisas que deveríamos ouvir, não ouvimos. Não é assim?

Se escutarmos o rio sem atenção, a água que corre parece ter um ritmo constante e ininterrupto. Entretanto, nenhuma gota d'água passa duas vezes sobre a mesma pedra. Não é nunca a mesma gota que forma o leito do rio ou o murmúrio da correnteza. A imutabilidade é apenas uma ilusão dos olhos e dos ouvidos humanos. Uma vez que tenha passado, a água não corre nunca mais no mesmo ponto do rio.

A vida humana não é diferente. Acreditar que ontem é igual a hoje é resultado de nossa ignorância e insensibilidade. São nossas mentes e nossos olhos deludidos que vêem o passado igual ao presente. Os olhos iluminados vêem claramente a imagem das coisas em eterno movimento e reconhecem que um instante é diferente de qualquer outro.

Shundo Aoyama Roshi

quinta-feira, setembro 30, 2010

A Prática de Descansar

O mundo hoje, depois da globalização e da revolução da informática quase nos impõe que funcionemos 24 horas por dia, 7 dias por semana. Estamos sempre conectados, sempre fazendo alguma coisa, sempre buscando fazer ou obter algo. Um ritmo incessante que só rega nossa ansiedade e não nos permite respirar, parar.

Thich Nhat Hanh esta semana (clique aqui) nos ensina a prática de descansar. Segundo ele é muito importante permitir que nosso corpo e nossas mentes descansem. Nosso corpo pode carregar muitas dores internas, e nossa consciência também pode possuir muitas feridas internas. Eles precisam de cura. A condição básica para toda a cura é poder descansar, mas nós não temos a capacidade de descansar. Temos o hábito de correr, de fazer coisas. Enquanto você correr - correndo a procurar por algo ou correndo para escapar de algo - não tem nenhuma paz.

Leia o texto (clique aqui) e aprenda que a meditação é feita de parar, acalmar-se e olhar profundamente. Pare, descanse e depois divida seu insight em nosso blog.

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quarta-feira, setembro 22, 2010

Uma Bela Continuação

Segundo Thich Nhat Hanh nós não somos, nós nos tornamos. Nós estamos sempre nos tornando alguma coisa diferente. Nunca somos os mesmos em dois instantes seguidos. Nosso corpo, sentimentos, percepções, formações mentais e consciência mudam, eles são impermanentes. Não existe nada em nós que permaneça.

A questão passa a ser: continamos como? De que forma? Continuamos através de nossos pensamentos, palavras e ações. Thich Nhat Hanh nos ensina no texto dessa semana que (clique aqui) quando produzimos um pensamento que está cheio de raiva, medo e desespero, ele tem um efeito imediato em nossa saúde e na saúde do mundo. Pensamentos dolorosos podem ser muito poderosos, afetando nossos corpos, nossas mentes e o mundo. Todo pensamento, palavra e ação carregam a nossa assinatura. Esta é a sua continuação, e esta nunca se perde. É ingênuo pensar que após a desintegração deste corpo não restará coisa alguma. Nossa verdadeira natureza é a natureza que não nasce e não morre. Quando praticamos meditação conseguimos compreender isto.

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As três pessoas

Todos temos três pessoas dentro de nós: um lutador, um monge e um artista. O artista é muito importante. O artista pode trazer frescor, um significado para a vida, alegria. O líder espiritual pode trazer lucidez, calma e visão profunda. E o lutador traz a determinação de ir em frente. Temos que mobilizar todas essas três pessoas dentro de nós e nunca deixar nenhuma delas morrer ou ficar fraca.

-Thich Nhat Hanh

quinta-feira, setembro 16, 2010

Não se perca no futuro

Quantas vezes você se pegou angustiado com a possibilidade que algo aconteça no futuro? Esse sentimento às vezes pode ter sido tão forte que o presente não existia mais. As pessoas, as coisas, tudo ao redor era invisível aos seus olhos e apenas aquela possibilidade futura ocupava toda a sua mente.


Às vezes é o presente que está muito difícil e nos jogamos no futuro com a esperança que talvez amanhã seja melhor. Às vezes nos esquecemos que o futuro é feito do presente e se não cuidarmos do presente não haverá futuro melhor.

No texto dessa semana (clique aqui) Thich Nhat Hanh ensina que se investirmos nossa mente no futuro, não teremos energia mental suficiente para encarar e transformar o presente. Naturalmente temos o direito de fazer planos para o futuro, mas fazer planos não significa ser varrido por sonhos, devaneios. Enquanto estamos fazendo planos, nossos pés devem estar firmemente plantados no presente. Só podemos criar o futuro da matéria prima do presente.

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Dia Mundial Sem Carro

Todo dia 22 de setembro, milhões de pessoas ao redor do mundo comemoram (e praticam) o Dia Mundial Sem Carro. A mobilização é um exercício de reflexão sobre a dependência e o uso (muitas vezes) irracional dos automóveis em nossa sociedade. Afinal de contas, tem gente que não vai até a padaria da esquina sem usar o carro.

A idéia principal do dia é fazer com que as pessoas pensem um pouco sobre o estilo de vida que levam, sobre a possibilidade de diminuírem o uso do carro (em face do trânsito pesado enfrentado nas cidades e dos gases de efeito estufa emitidos), ou mesmo, se possível, em substituí-lo por outro meio de transporte.

Várias prefeituras do Brasil aderiram e nesse dia haverá vagas de estacionamento restritas em vários pontos dessas cidades. No dia 22 de setembro deixe seu carro na garagem e use outro transporte para se locomover. É uma forma de praticar o Quinto Treinamento de Plena Consciência (Consumo Consciente). O planeta agradece.

quarta-feira, setembro 08, 2010

Terceiro Treinamento - Verdadeiro Amor

Nesse mês de Setembro sugerimos que você aprenda maneiras novas de praticar o terceiro treinamento para a mente alerta (clique aqui) que trata do verdadeiro amor, que é composto por a bondade amorosa, a compaixão, a alegria e a inclusão.

Thay ensina que o sentimento de solidão é universal em nossa sociedade. Não existe comunicação entre nós e as outras pessoas, mesmo em família, e o nosso sentimento de solidão nos impele a ter relações sexuais. Acreditamos ingenuamente que ter uma relação sexual vai nos fazer sentir menos sozinhos, mas isto não é verdade. Quando não há comunicação suficiente com a outra pessoa em termos de coração e espírito, uma relação sexual só vai aumentar a distância e destruir ambos. A crença de que ter uma relação sexual vai ajudar a nos sentir menos sozinhos é uma espécie de superstição. Não nos devemos deixar enganar por ela. Na verdade, nos sentiremos mais solitários depois.

"Responsabilidade" é a palavra-chave no terceiro treinamento para a mente alerta. Responsabilidade pela consequência de nossos atos, responsabilidade pelo sofrimento do outro, responsabilidade pelas famílias e pelas crianças. Ao praticarmos a plena atenção podemos trocar a satisfação efêmera e de curto-prazo por algo mais sólido e duradouro. Ao ver na sociedade quanto sofrimento é causado por pessoas que não conseguem controlar sua energia sexual podemos trabalhar nossa atenção para não sermos nós a causar esse sofrimento.

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quinta-feira, agosto 26, 2010

O Dedo não é a Lua

Os ensinamentos do Buda não são uma doutrina ou uma filosofia. Não é o resultado de um pensamento discursivo ou uma conjectura mental como várias filosofias. Pensamento discursivo e conjecturas mentais, segundo o Buda, são como formigas movendo-se lentamente ao redor da borda de uma tigela – nunca vão a lugar nenhum.

O texto sugerido desta semana (clique aqui) retirado do livro de Thich Nhat Hanh sobre a vida do Buda ensina que os ensinamentos do Buda são o resultado da experiência direta. Você pode confirmá-los pela sua própria experiência. O objetivo não é explicar o universo, mas ajudar a te guiar a como a ter uma experiência direta da realidade. Palavras não podem descrever a realidade. Apenas a experiência direta nos habilita a ver a verdadeira face da realidade.

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quarta-feira, agosto 18, 2010

Como criar o hábito da felicidade

Os bons praticantes adquirem a habilidade de produzir felicidade para suas vidas. Parece inacreditável, mas é isso que percebemos nos grandes mestres e praticantes diligentes. Como eles conseguem isso?

No texto desta semana (clique aqui) Thich Nhat Hanh explora um dos métodos ensinados pela tradição budista. São as Três Concentrações: a vacuidade, a insubstancialidade dos sinais e a ausência de objetivos. Nenhuma dessas concentrações são filosofias ou noções que devamos nos aprisionar. São instrumentos para produzir insight, a visão, que tem o poder de nos motivar, transformar, uma importante descoberta que tem o poder de nos trazer felicidade.

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Fotos de Plum Village

Este ano passei uma semana em Plum Village, durante o retiro de verão. Foi uma experiência transformadora, muito pessoal e única. A intensidade da prática e o ambiente de plena atenção nos levam a níveis grandes de plena atenção, tranquilidade e concentração, que geram insights poderosos. Quem já foi sabe de que estou falando. É uma experiência que eu sempre recomendo, e quem acredita que seu caminho de prática espiritual seja através da plena atenção deveria ir pelo menos uma vez e ter essa vivência. Abaixo algumas fotos dessa minha estadia. Basta clicar para ampliar as fotos.






quarta-feira, agosto 11, 2010

Cuidando do Ambientalista

Muitos de nós têm desejos altruístas de melhorar a sociedade tanto no aspecto social, diminuindo as desigualdades e a pobreza, quanto no aspecto ambiental, empreendendo ações de proteção da Terra e de recuperação do meio-ambiente. O que o corre muitas vezes é que por não termos paz interior, nossa ações mesmo buscando os melhores objetivos carregam raiva, desespero e medo.


No texto desta semana (clique aqui) Thich Nhat Hanh ensina que só intelecto não é suficiente para guiar uma vida de ação compassiva. Para influenciar efetivamente o futuro do nosso mundo precisamos ter insight para não sermos mais aprisionados pelas inúmeras situações difíceis. Quando mudamos as nossas vidas diárias – o nosso modo de pensar, falar e agir – mudamos o mundo. Sem paz e felicidade não podemos tomar conta de nós mesmos, de outras espécies, ou do planeta. É por isso que a melhor forma de cuidar do ambiente é cuidando do ambientalista.

Se a raiva diante da injustiça é o que usarmos como a fonte de nossa energia, poderemos fazer algo prejudicial, algo que mais tarde vamos nos arrepender. De acordo com o Budismo, compaixão é a única fonte de energia que é útil e inofensiva. Com compaixão sua energia nasce do insight, não é energia cega.

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quinta-feira, agosto 05, 2010

Os meios são o fim

Em nossa sociedade somos treinados a ser extremamente objetivos, ou seja, devemos chegar ao fim, ao resultado o mais rápido possível. Em função disso muitos de nós simplesmente ignoram a maneira como fazemos as coisas. Estamos tão concentrados em chegar ao fim que esquecemos do caminho, o meio para se chegar lá. Vivemos de fim em fim, e perdemos muito de nossa vida no esquecimento, ou apenas olhando para objetivos.

Thay no texto sugerido (clique aqui) fala que no budismo não há nenhuma distinção entre meios e fins. Ele ensina que cada passo que damos em nosso caminho deveria ser dado com atenção total para que possamos desfrutar daquele momento único e perceber as maravilhas ao nosso redor. Mas há uma energia de hábito que lhe impede de fazer assim. Você está acostumado a correr por acreditar que a felicidade não é possível aqui e agora, a felicidade só é possível no futuro. A energia de hábito nos diz: "rápido, rápido, vá, rápido, rápido, termine logo! O prazo final está próximo!", mas a prática está lhe dizendo o oposto: "não corra, desfrute, o aqui e o agora é a única coisa que você possui, a felicidade não pode ser possível fora do aqui e do agora".

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quarta-feira, julho 21, 2010

Bat Nha, um koan

Bat Nha é o monastério que depois da volta de Thich Nhat Hanh ao Vietnã passou a praticar de acordo com a tradição de Plum Village. O impacto das visitas do Thay ao Vietnã foi tão grande que em pouco tempo 400 jovens já eram monges. Um crescimento muito grande e contínuo. Milhares de dólares foram enviados por doadores internacionais para reformar e ampliar o monastério.


Inesperadamente de junho a setembro do ano passado uma onda de violência se iniciou contra o monastério. Policiais a paisana se passando por populares agrediam monges, quebravam janelas e em seguida o governo deu um ultimato aos monges. Teriam que abandonar o monastério e a prática budista sob pena de serem presos. Os monges deram uma lição de estabilidade, paz e compaixão durante todo o episódio e mesmo sofrendo uma brutal injustiça, não cederam e não reagiram à violência.

Thay no texto sugerido (clique aqui) coloca toda essa questão como um koan. Um koan é um dispositivo de meditação, um tipo especial de charada zen. Os koans são resolvidos não com o intelecto, mas com a prática da consciência plena, concentração e insight. Um koan não consegue ser resolvido através de argumentações intelectuais, lógica ou razão, nem através de debates. Thay nos dá orientações diretas para ajudar na prática da contemplação profunda do caso Bat Nha. A técnica que ele nos mostra pode ser usada para outros koans de nossa vida.

Leia (clique aqui) e depois se quiser divida seus insights sobre Bat Nha em nosso blog.

Para mais informações sobre Bat Nha clique em:


http://www.viverconsciente.com/

http://helpbatnha.org

http://www.hrw.org/

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quarta-feira, julho 14, 2010

Desapego a visões

O quanto você está apegado a sua visão de mundo? Na sua visão quais as condições necessárias para sua felicidade? Um bom salário, uma boa casa, um parceiro que te ame? Como você mede o seu sucesso na vida? O quanto você está aberto a novas maneiras de pensar que desafiem suas crenças mais profundas?

Thich Nhat Hanh no texto selecionado(clique aqui) afirma que todas as visões são visões erradas. As visões não nos deixam ter acesso direto à realidade. Às vezes na sua vida você toma algo como verdade, e fica preso nisso, e por isso você para. Não há como avançar no seu caminho espiritual e continuar a procurar a verdade. Mesmo se a verdade vier e bater na sua porta você se recusará em abrir a porta.

Thay nos mostra que para nossa constante evolução espiritual temos que nos desapegar de nossas visões. Sempre é possível avançar e para isso é preciso abandonar a visão anterior que considerávamos a verdade absoluta.

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quarta-feira, julho 07, 2010

Como experimentar o milagre da vida?

Será que realmente você desfruta do fato de estar vivo? Você tem consciência que estar vivo é um milagre e desperdiçamos muito de nossa vida preso a preocupações e medos, enquanto que o tempo passa? Você já se sentiu pleno, inteiro, totalmente integrado a tudo mais?

Thich Nhat Hanh no texto selecionado(clique aqui) afirma que alegria e felicidade nascem da concentração e não há felicidade sem concentração. Aos poucos você deve se treinar para viver, para ser feliz. Você provavelmente recebeu um diploma para o qual você trabalhou por anos, e você pensou que a felicidade seria possível depois de obtê-lo. Mas isso não era verdade porque depois de obter esse diploma e achar um emprego, você continuou a sofrer.

Você tem que perceber que a felicidade não é algo que você acha no final do caminho. Tem que entender que ela está aqui, agora. A prática da plena consciência não é uma fuga ou uma alienação. Significa entrar vigorosamente na vida com a força gerada pela energia de plena consciência. Sem esta liberdade e concentração, não há felicidade.

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sexta-feira, julho 02, 2010

Perdão e Tentação

Uma das práticas mais libertadoras presente em todas as tradições é o perdão. O perdão nos deixa leves, deixa o passado ir e olhando em profundidade é também uma prática de desapego. É o deixar ir da nossa raiva, ressentimento, ódio. O perdão acaba beneficiando mais quem perdoa do que quem é perdoado.

Thich Nhat Hanh no texto selecionado(clique aqui) comenta os dois últimos versos da oração do Pai Nosso, uma das orações principais do cristianismo. Esses dois versos falam sobre perdão e tentação. Thay olha esses dois versos a partir do ponto de vista de um mestre budista. É bastante enriquecedor, não deixe de ler.

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quarta-feira, junho 23, 2010

A prática de deixar ir

Uma das práticas mais importantes para nossa felicidade é a prátrica de soltar, de deixar ir. O apego se manifesta não só a bens materiais e pessoas mas também a idéias. Idéias de como as coisas são ou deveriam ser. Essas talvez sejam as mais difíceis de soltarmos porque nem sempre percebemos o quanto somos apegados ao nosso modo de ver o mundo, ao nosso modelo mental. Esquecemos que nossa visão é parcial e as idéias que temos nunca são a verdade absoluta e por isso nos agarramos a elas.

Thich Nhat Hanh no texto selecionado(clique aqui) diz que talvez você também seja prisioneiro de sua própria noção de felicidade. Há milhares de caminhos que levam à felicidade, mas você aceita somente um. Não considerou outros caminhos porque pensa que o seu é o único. Você seguiu este caminho com toda a sua força e, portanto os outros caminhos, os milhares de outros caminhos permaneceram fechados para você.

Solte! Experimente aceitar que as coisas podem ser diferentes. Esteja aberto, flexível. Ouça com todo o seu ser e permita que o insight brote em você. Você poderá ter uma boa surpresa. Leia (clique aqui) e depois se quiser divida seus insights em nosso blog.

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quinta-feira, junho 10, 2010

2o. Treinamento - Verdadeira Felicidade

A exploração, a injustiça social e o roubo existem sob muitas formas. A opressão é uma forma de roubo que causa muito sofrimento tanto no Primeiro quanto no Terceiro Mundos. A partir do momento em que fizermos o voto de cultivar a brandura, nascerá dentro de nós a gentileza amorosa e faremos todo esforço para acabar com a exploração, a injustiça social, o roubo e a opressão

Thich Nhat Hanh no texto (clique aqui) explica o 2o. Treinamento da atenção Plena, a Verdadeira Felicidade. A base desse 2o. Treinamento é a generosidade, a intenção e a capacidade de trazer alegria e felicidade a outra pessoa ou ser vivo.

Consciente do sofrimento causado pela exploração, injustiça social, roubo e opressão, eu me comprometo a praticar a generosidade no meu modo de pensar, de falar e de agir. Estou determinado a não roubar e a não possuir nada que porventura pertença a outros, e a compartilhar meu tempo, energia e recursos materiais com aqueles que precisam. Praticarei a observação profunda para ver que a felicidade e o sofrimento dos outros não estão separados da minha própria felicidade e sofrimento. Praticarei para ver que a verdadeira felicidade não é possível sem compreensão e compaixão – e que buscar riqueza, fama, poder e prazeres sensoriais podem gerar muito sofrimento e desespero. Estou consciente de que a felicidade depende da minha mente e não de condições externas, e que posso ser feliz no momento presente, bastando me lembrar de que já possuo todas as condições para isso. Eu me comprometo a praticar o Meio de Vida Correto de forma a reduzir o sofrimento dos seres vivos na Terra e, especialmente, reverter o processo de aquecimento global.

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quinta-feira, junho 03, 2010

Acorde! Fique Verdadeiramente Vivo

Acorde! Você está realmente vivo ou está se movendo pela vida como um cadáver ambulante? O que você faria se te dissessem que você tem apenas três meses de vida? Você viveria intensamente cada segundo que te resta? Porque não faz hoje? O que você está esperando? Você tem consciência que a pessoa que você mais ama é impermanente? Um dia você não a terá mais a seu lado. Porque você não desfruta intensamente a presença dela agora?

Thich Nhat Hanh no texto (clique aqui) afirma que três meses é muito se vivermos realmente cada momento em profundidade. O que você esté esperando para experimentar. Solte os lamentos do passado e suas expectativas, ansiedades e planos de como o futuro deveria ser e mergulhe de cabeça neste momento percebendo quanta coisa está na sua frente hoje e somente hoje disponível para sua felicidade. Talvez amanhã isso não exista mais e você terá algo mais para se lamentar.

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quarta-feira, maio 19, 2010

Dieta para um planeta consciente

O Buda nos ensina a praticar o consumo consciente para preservar o nosso futuro. O nosso futuro pode ser sempre vislumbrado em nosso presente. Se o presente parecer de um jeito, o futuro provavelmente parecerá o mesmo, pois o futuro é feito do presente. Portanto, para salvaguardarmos nosso futuro temos que fazer mudanças no presente.

A situação em que a Terra se encontra hoje foi construída pela produção inconsciente e pelo consumo inconsciente. Estamos violentando nossos lares e estamos nos defrontando com o aquecimento global e mudanças climáticas catastróficas.

No texto dessa semana (clique aqui) Thay ensina que somos o que consumimos. Se olharmos profundamente para o quanto e quais itens consumimos diariamente, iremos conhecer muito bem a nossa própria natureza. Ignoramos a regra da moderação e a nossa forma de comer e produzir alimento pode ser muito violenta para outras espécies, para os nossos próprios corpos e para a Terra.

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quarta-feira, maio 12, 2010

Carma e Continuação

O texto (clique aqui) dessa semana fala sobre a nossa consciência armazenadora que pode ser comparada ao subconsciente da psicologia ocidental. Inicialmente Thich Nhat Hanh nos mostra qual a relação entre nossa consciência armazenadora e o livre-arbítrio.

Na sequência Thay explica o conceito de Carma. Carma significa ação, e ela pode ser expressa em termos de pensamento, fala ou ação corporal. Estamos produzindo carma o tempo todo e todo ele vai em direção ao futuro. É por isso que em nossa prática deveríamos nos treinar para nos ver em nossas ações, não somente neste corpo. É claro que ações de corpo, fala e mente também influenciam nosso corpo e sentimentos. O texto nos mostra como cuidar de nosso presente para que o futuro tenha menos sofrimento.

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quinta-feira, maio 06, 2010

Primeiro Treinamento

Há dois mil e quinhentos anos, o Buda ofereceu certas diretrizes a seus alunos leigos para ajudá-los a viver uma vida de paz, plenitude e felicidade. Eram os Cinco Treinamentos para a Mente Alerta, e na base de cada um desses treinamentos está a plena atenção. Com a plena atenção estamos cientes do que está acontecendo com nossos corpos, nossos sentimentos, nossas mentes e com o mundo, e evitamos ferir a nós mesmos e os outros. A plena atenção nos protege, protege a nossa família e a nossa sociedade e garante um presente seguro e feliz e um futuro também seguro e feliz.

Praticar os treinamentos para a mente alerta ajuda-nos a ser mais calmos e concentrados e traz mais discernimento e iluminação, que tornam a nossa prática dos treinamentos para a mente alerta mais sólida. No texto dessa semana (clique aqui) Thich Nhat Hanh discute sobre o Primeiro Treinamento que recentemente teve a redação revista e ampliada pela Sangha.


Reverência à Vida - Consciente do sofrimento causado pela destruição da vida, eu me comprometo a cultivar o insight do Interser e da compaixão, e a aprender maneiras de proteger a vida das pessoas, animais, plantas e minerais. Estou determinado a não matar, a não deixar que outros matem e a não apoiar nenhum ato de matança no mundo, seja na minha maneira de pensar ou no meu modo de vida. Ao ver que as ações que causam sofrimento surgem a partir da raiva, do medo, da avidez e da intolerância – que, por sua vez, baseiam-se no pensamento dualista e discriminativo - cultivarei a abertura, a não discriminação e o não apego a pontos de vista para transformar a violência, o fanatismo e o dogmatismo em mim mesmo e no mundo.


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domingo, maio 02, 2010

Compaixão x Ideologia

Um problema surge do conflito de ideologias, políticas ou religiosas, quando as pessoas lutam entre si por suas crenças, perdendo de vista a ideia de humanidade básica que nos une como uma única família humana. Devemos lembrar que essas diferentes religiões, ideologias e sistemas políticos no mundo surgiram para ajudar os seres humanos a alcançar felicidade. Não devemos perder de vista essa meta fundamental. Em nenhum momento deveríamos pôr os meios acima dos fins: devemos sempre manter a supremacia da compaixão sobre a ideologia.

- Dalai Lama (Do livro "Como saber quem você é")

quinta-feira, abril 22, 2010

A Cidade com Uma Única Árvore

Imagine uma cidade onde só resta uma única árvore. As pessoas que moram nesta cidade estão mentalmente doentes porque se tornaram muito alienadas da natureza. Finalmente, um médico que mora na cidade, compreende porque as pessoas estão ficando doentes e prescreve a cada um dos seus pacientes a seguinte receita: “você está doente porque está desligado da Mãe Natureza. Toda manhã, pegue um ônibus, vá até a árvore no centro da cidade e a abrace por quinze minutos. Olhe para a linda árvore verde e cheire a sua fragrante casca.”

É assim que Thich Nhat Hanh começa o texto (clique aqui) que sugerimos para leitura essa semana. Thay ensina uma lição profunda de interser nos alertando para o que o ser humano vem fazendo com o planeta. Ele ensina que precisamos proteger a integridade ecológica da Terra e de desenvolver uma ecologia da mente. O sentimento de respeito por todas as espécies nos ajudará a reconhecer e cultivar dentro de nós a mais nobre natureza.

Uma lição de ecologia que começa com uma transformação individual. Leia (clique aqui) e tente compreender em profundidade a mensagem tentando usá-la na sua vida.

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terça-feira, abril 20, 2010

Sofrimento Essencial

Todos nos sentimos tentados a ir para algum lugar onde não exista sofrimento, onde só haja paz e felicidade. Tendemos a acreditar que existe um lugar para onde podemos ir abandonando, ou deixando para trás, este mundo de sofrimento, confusão e poluição. Segundo Thich Nhat Hanh isto é impossível.

No texto (clique aqui) dessa semana, Thay ensina que precisamos de uma certa dose de sofrimento, todos nós, para que possamos apreciar a felicidade que está à nossa disposição. Para ele paraíso não é um lugar onde o sofrimento não existe mas um lugar onde existem amor e compaixão.

Com certeza vai contra o pensamento corrente. Sugiro que você leia o texto atentamente(clique aqui) e tente compreender em profundidade a mensagem tentando usá-la na sua vida.

Depois divida seu insight e suas dúvidas sobre o texto em nosso blog.

sexta-feira, abril 09, 2010

Erudição x Prática

Certamente [algumas pessoas] sabem o que é importante fazer, mas entre a informação e a ação abre-se um abismo. Esse é o problema do conhecimento abstrato: sem o compromisso de pô-la em prática, a erudição nada mais é que um refúgio para a incompetência.

-Fred Kofman

quinta-feira, abril 01, 2010

O Pensamento Correto

Nesse mês de abril sugerimos que você encontre novas formas de praticar o Pensamento Correto (para ler o texto clique aqui) que é a segunda prática do Nobre Caminho Óctuplo. O Caminho Óctuplo é o caminho que o Buda nos ensinou para superarmos o sofrimento. A cada mês sugerimos o estudo e a aplicação de uma dessas práticas.

O Pensamento Correto reflete a forma como as coisas são. O pensamento errôneo nos faz enxergar as coisas "de cabeça para baixo". Mas praticar o Pensamento Correto não é nada fácil. O que costuma ocorrer é que nossa mente está pensando uma coisa enquanto o corpo está fazendo outra. Enquanto mente e corpo não funcionarem unificadamente, vamos continuar nos perdendo de nós mesmos e não poderemos dizer que estamos realmente aqui, presentes.

A maior parte de nosso pensar é totalmente desnecessária, porque ele é composto de pensamentos limitados e dotados de pouca compreensão. Às vezes parece que há um gravador dentro de nossa cabeça - ligado dia e noite - e não conseguimos desligá-lo. Ficamos preocupados, tensos e temos pesadelos.

Para aprender como praticar o pensamento correto, leia o texto (clique aqui).

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