quarta-feira, novembro 24, 2010

O passado e o futuro residem no presente

Quando pensamos sobre o passado, sentimentos ou lamentos ou vergonha podem surgir. Quando pensamos sobre o futuro, sentimentos de desejo ou medo podem vir a tona. Mas todos os sentimentos surgem no momento presente e todos eles afetam o momento presente. A maioria do tempo, seu efeito não contribui para nossa felicidade ou alegria. Temos que aprender como encarar estes sentimentos. A principal coisa que precisamos lembrar é que o passado e o futuro estão ambos no presente e se tomarmos conta do momento presente então também transformaremos o passado e o futuro.

Thich Nhat Hanh no texto selecionado (Clique aqui) ensina que só no momento presente podemos transformar o passado e nos livrar dos lamentos do que fizemos. Também no presente é possível transformar o futuro nos livrando das ansiedades e temores.

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quarta-feira, novembro 17, 2010

Segundo, Terceiro e Quinto Mantras

Você sabe o que é um mantra? Com certeza já ouviu muito essa palavra por aí mas será que você conhece realmente seu significado? Mantra é uma frase, uma fórmula, que pode ser pronunciada em qualquer língua. Não precisa ser sânscrito ou tibetano. Essa frase deve ser uma prática, ou algo com significado e ela pode ter poder, mas seu segredo é que deve ser pronunciada com toda plena consciência. Sem plena consciência não terá efeito nenhum. O poder do mantra é sobre você mesmo.

Thich Nhat Hanh ao longo de sua vida desenvolveu cinco mantras. No texto dessa semana ( clique aqui ) ele nos ensina o segundo, o terceiro e o quinto mantras. No segundo mantra "Querida, eu sei que você está presente e eu estou muito feliz", reconhecemos a pessoa amada como existente, presente.

O terceiro mantra é "Querida sei que você sofre e é por isso que estou aqui". Nessa prática damos nossa presença, que é o que temos de mais valioso, para aqueles que amamos quando reconhecemos o sofrimento neles. No quinto mantra:"Este é um momento de felicidade", reconhecemos a felicidade como presente. Estamos presentes naquele momento e percebemos que é um momento único, um momento feliz.

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sábado, novembro 13, 2010

Vídeo - Cheguei

Veja no link abaixo clipe para a música "Cheguei". Essa música é um Gatha para praticarmos meditação caminhando, ou para qualquer outro momento onde nos sentimos desconectados, perdidos no futuro ou no passado.

Ao repetirmos a letra podemos nos lembrar de chegar no aqui e agora que é nossa verdadeira casa. O único momento que podemos viver. Nesse momento podemos ficar seguros e ao viver intensamente o momento presente podemos nos libertar das ansiedades do futuro e dos lamentos do passado.

Desfrute.


http://www.youtube.com/watch?v=6SK1gIXExK0

quinta-feira, novembro 11, 2010

Cultivando a semente da prática

Sugerimos que você estude a palestra de Dharma (clique aqui) compartilhada pelo irmão Phap Hai, um professor de Dharma Sênior da tradição de Plum Village (Thich Nhat Hanh).

Phap Hai chama os praticantes espirituais de "cultivadores", cultivadores das sementes que nós temos em nossa consciência, criando condições que permitam que as sementes positivas venham adiante. Em vez de ser uma prática de trabalho duro, através do cultivo da plena consciência nós permitimos que nossa sabedoria inata floresça, no seu próprio tempo e modo.

Através da comparação com a fábula da busca dos cavaleiros do Rei Arthur pelo Santo Graal, ele mostra que o cultivo nos guia através da busca pelo nosso Graal, nossa aspiração mais profunda. Ele nos conduz pela fábula, misturadas com histórias do Buda e ensinando em profundidade.

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segunda-feira, novembro 08, 2010

Plantando sementes de paz no Oriente Médio

Nos últimos anos, Thich Nhat Hanh sugeriu mais de uma vez que palestinos e judeus sentassem juntos em meditação e que praticassem a escuta profunda e o compartilhar do sofrimento de cada grupo. A sugestão de Thay plantou as sementes de um sonho.

Alguns anos atrás, alguns praticantes israelenses começaram o processo de realizar este sonho que tinham em seus corações há muito tempo. Separadamente, estas pessoas sonharam o mesmo sonho, e as condições estavam perfeitas para se encontrarem, trocarem idéias e tornar isso uma realidade. Este sonho era trazer um grupo de judeus e palestinos juntos a Plum Village. Agora que este grupo está aqui por duas semanas, Thay nos pediu para dividirmos esta experiência com você.

Por um período de duas semanas, tivemos encontros – quase diários – presenciados por um grupo misto de cerca de quinze palestinos e judeus, e apoiado por monges e monjas, incluíndo a irmã Chan Khong, irmã Annabel e outros.

Os encontros geralmente duravam duas horas, às vezes mais. O compartilhamento era em inglês, hebraico e árabe, dependendo de quem estava falando, com tradução sempre presente. O ritmo e o formato do processo eram guiados pelos monges e monjas, sob coordenação de Thay. Todos os encontros foram gravados.

Durante os primeiros encontros os membros do grupo foram encorajados a focar no aprofundamento de sua prática pessoal e nutrir sua própria base de estabilidade, junto com o resto da comunidade internacional de Plum Village. Comíamos, andávamos e praticávamos juntos em plena consciência.

Depois de alguns dias nutrindo nossa paz interior – acalmando nossos corpos e mentes – o processo de escuta profunda começou com uma sessão com a irmã Chan Khong. As pessoas no grupo compartilharam sentimentos de desespero e raiva e pediram orientação em como usar a prática de lidar com seus sentimentos. A irmã Chan Khong compartilhou sua experiência em lidar com sua própria raiva e desespero e como achou a sua paz interior e claridade durante a Guerra do Vietnã.

Uma noite, praticamos meditação caminhando juntos na floresta em Lower Hamlet onde nos juntamos na prática de “Começar de Novo” com a irmã Jina e “regamos as flores” uns dos outros. No dia seguinte começamos uma série de encontros nos quais praticamos o compartilhar e o escutar profundo. No decorrer dos encontros, cada pessoa teve a oportunidade de falar em plena consciência e dividir sua história pessoal. Nossas histórias eram frequentemente intercaladas com o sofrimento de nossos ancestrais e daqueles da nossa comunidade atual.

O sino de plena atenção era convidado entre cada compartilhar, assim como quando o compartilhar se tornava muito emocional. Isto nos ajudou a retornar para nós mesmos e ficarmos centrados.

Os palestinos falaram sobre suas dificuldades como árabes-israelenses, a discriminação em Israel, e seu status inferior em relação aos judeus, o governo israelense e a polícia. Eles falaram sobre seus medos de serem removidos de suas casas porque são uma minoria no estado judeu. Eles compartilharam suas experiências de discriminação pelo governo que não permite que eles construam casas nas suas vilas ou desenvolvam suas terras. Eles falaram sobre a terra que foi expropriada e dada aos judeus.

Os palestinos que vivem em Gaza e na Cisjordânia falaram sobre o stress que está presente desde a primeira intifada em 1987, o tratamento humilhante que eles recebem do exército israelense, as condições difíceis sob as quais eles vivem e sua pobreza. Eles compartilharam sobre a deportação de muitos palestinos que viviam nas vilas e cidades árabes durante a guerra de 1948 e sobre serem espalhados pelo mundo, removidos, indesejados e ficarem sem lar. Eles falaram sobre o ódio por esses judeus que tomaram suas casas.

Os membros judeus compartilharam suas dificuldades na luta para proteger um estado cercado de inimigos, sobre seu grande medo dos outros que querem destruí-los, sobre a dificuldade de diferenciar os cidadãos palestinos e os vizinhos árabes que são considerados inimigos, e sobre a vida sob a sombra de medo constante: medo de ataques terroristas nas ruas ou em ônibus, e o medo de futuras guerras. Como resultado deste medo, há muita violência e comunicação agressiva. Os membros judeus compartilharam que a sociedade israelense é deficiente mental e sofre de desconexão consigo mesma. Ela também sofre de apatia e falta de entendimento pelo outro lado. Eles compartilharam que muitos israelenses querem paz e não guerra, mas eles não acreditam nas intenções dos palestinos.

Os membros judeus compartilharam sobre o Holocausto e o genocídio de seu povo na Europa pelos nazistas, um trauma que é impresso em cada alma judia e que afeta seu comportamento. Eles também falaram sobre não terem lar no exílio, por dois mil anos.

A principal emoção expressa foi o medo.

Muitos de nós participaram de diálogos israelenses-palestinos no passado, mas o processo em Plum Village foi diferente porque não envolveu nem diálogo nem busca por soluções. Era uma prática de escuta atenciosa, sem comentários e sem julgamentos. E quando compartilhávamos, éramos encorajados a usar fala amorosa.

O sentimento de segurança oferecido em Plum Village e a presença dos mestres criaram um espaço seguro para compartilhar e ouvir. Um irmão sábio disse: “Se não transformarmos, vamos transmitir.” Cada um de nós, de sua própria maneira, sofreu uma transformação.

- Membros da Sangha de Israel, 6 de agosto de 2001
(Traduzido por Leonardo Dobbin)

terça-feira, novembro 02, 2010

Cheguei

Cheguei, estou em casa, no aqui, no agora
Cheguei, estou em casa, no aqui, no agora
Estou seguro, estou livre
Estou seguro, estou livre
Finalmente, vivo!

Versão em Mp3 (Clique aqui)
Voz: Gisele Tigre
Violão:Oriana Brás
Mixagem: Filipe Coury
Produção: ©Sangha Viver Consciente 2010



Primeiro Mantra

Você sabe o que é um mantra? Com certeza já ouviu muito essa palavra por aí mas será que você conhece realmente seu significado? Mantra é uma frase, uma fórmula, que pode ser pronunciada em qualquer língua. Não precisa ser sânscrito ou tibetano. Essa frase deve ser uma prática, ou algo com significado e ela pode ter poder, mas seu segredo é que deve ser pronunciada com toda plena consciência. Sem plena consciência não terá efeito nenhum. O poder do mantra é sobre você mesmo.

Thich Nhat Hanh ao longo de sua vida desenvolveu cinco mantras. No texto dessa semana ( clique aqui ) ele nos ensina o primeiro deles:"Querida, eu estou aqui para você". Eu estou aqui para você significa me ofereço a você como um presente porque tenho frescor, amor e entendimento suficientes. E isso é o que eu tenho de melhor, eu mesmo. O fato é que quando você ama alguém, o melhor presente que você pode dar a ela é sua presença. Mas essa presença tem que ter qualidade. Porque se você estiver com raiva ou violento, sua presença não terá qualidade, não será uma boa oferenda.

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segunda-feira, novembro 01, 2010

Um presente para Thay

Em uma ocasião nós queríamos oferecer para Thay um presente de dia de Ação de Graças. Meu trabalho era encontrar o que ele realmente queria. Enquanto outros estavam desfrutando de um piquenique naquele dia, eu tentei achar uma maneira de chegar perto e perguntar a Thay.

“Querido Thay, o que você mais quer?” Thay olhou para mim e sorriu. “O que eu quero? Thay não gosta em especial de coisa nenhuma.” Eu senti que ele ainda não tinha respondido, portanto perguntei novamente: ”Mas querido Thay, deve haver algo que você goste em especial?” Ele então olhou diretamente para mim. “Há. Thay quer que todos os seus alunos se amem. Amar a Thay significa amar a cada um.” Eu estava tão emocionada que fiquei em silêncio. Thay apenas quer que nós vivamos felizmente juntos.