quinta-feira, março 31, 2011

Bodhicitta, a mente do amor

No texto dessa semana (clique aqui) Thich Nhat Hanh ensina que quando somos capazes de construir nossa Sangha, para achar nosso verdadeiro lar e nosso nome verdadeiro, e também despertar a sabedoria da não-discriminação, a energia da bodhicitta se torna viva dentro de nós. Bodhicitta é a palavra sânscrita que significa mente do amor, a mente do despertar. Bodhi é despertar e Citta é mente. Bodhicitta é o desejo profundo de viver nossa vida de maneira bonita e ser uma luz para os outros de maneira que também vivam de forma bonita. Estamos conscientes de todos os nossos ancestrais praticando conosco.

Sabemos que estamos conectados a todas as coisas vivas. Com esta consciência nosso sofrimento não nos devasta. Pelo contrário, nos dá mais compaixão pelos outros. A cada vez que ficamos atentos, somos um Buda. Na verdade, todos podem ser um Buda...pelo menos por alguns minutos! Quando estamos refrescados, quando estamos amáveis, quando não estamos com raiva, quando podemos sorrir, somos muito parecidos com um Buda. Nesse exato momento, a maioria de nós é um Buda em tempo parcial, mas é possível aprender como se tornar um Buda em tempo integral.

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quinta-feira, março 24, 2011

Ahimsa

A palavra sânscrita ahimsa, usualmente traduzida como não-violência literalmente significa, não ferir ou ser inofensivo. Para praticar ahimsa, primeiramente temos que praticá-la dentro de nós mesmos. Em cada um de nós, há certa quantidade de violência. Dependendo do nosso estado, nossa resposta às coisas será mais ou menos não-violenta.

No texto sugerido desta semana (clique aqui) Thich Nhat Hanh reflete sobre o que é ser não violento. Ele diz que para praticar ahimsa, primeiramente precisamos aprender a lidar pacificamente conosco mesmos. Se criarmos verdadeira harmonia dentro de nós, saberemos como lidar com a família, amigos e associados. Técnicas são sempre secundárias. O mais importante é se tornar ahimsa, de forma que quando uma situação se apresente, não criaremos mais sofrimento. Para praticar ahimsa, precisamos de gentileza, bondade amorosa, compaixão, alegria e equanimidade direcionadas a nossos corpos, nossos sentimentos e outras pessoas.

A paz real deve ser baseada no insight e entendimento e para isso devemos praticar a reflexão profunda – olhar profundamente dentro de cada ato e cada pensamento da nossa vida diária.

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quinta-feira, março 17, 2011

Sem lama, sem lótus

No texto sugerido desta semana (clique aqui) Thich Nhat Hanh ensina que as pessoas tendem a achar que seu verdadeiro lar é um lugar onde não há sofrimento, apenas felicidade. Mas este pensamento vai contra a sabedoria do interser. Não podemos fazer crescer uma flor de lótus sem lama. Para cultivar vegetais, precisamos composto. Qualquer jardineiro orgânico sabe por que guardamos os restos da nossa comida e o lixo do jardim. Este lixo é orgânico e com ele podemos fazer composto para nutrir flores e vegetais. Sofrimento e felicidade são também orgânicos. Podemos transformá-los em bem-estar. Este é o ensinamento do Buda sobre não-dualidade.

Ele diz também que a flor de lótus não é possível sem a lama. Entendimento e compaixão não são possíveis sem sofrimento. Ele diz que nunca gostaria de estar em um lugar onde não houvesse sofrimento, porque em tal lugar não teria a chance de aprender como entender e ser compassivo. É tocando o sofrimento que temos a chance de entender as pessoas e seu sofrimento. É entendendo nosso próprio sofrimento e o sofrimento dos outros, que começamos a saber o que é ser compassivo. É apenas contra o pano de fundo do sofrimento que podemos reconhecer nossa felicidade.

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quinta-feira, março 03, 2011

Abraçando a raiva

Precisamos desenvolver a consciência de forma a perceber quando a raiva se manifestou em nós. Se deixarmos nossa raiva sozinha, causará estrago para nosso corpo, para nossa mente e talvez para o nosso entorno. Portanto precisamos abraçar nossa raiva, reconhecê-la, aceitá-la e assim transformá-la.

No texto sugerido (clique aqui) Thich Nhat Hanh nos ensina que se alguém nos faz sofrer, é porque esta pessoa também está sofrendo. Alguém que não sabe lidar com seu sofrimento permitirá que ele vaze, e nos tornaremos vítimas do seu sofrimento. Sabemos que alguém que sofre tanto assim precisa de ajuda e não punição. Quando começamos a ver isso, a compaixão nasce, e não sofremos mais. Compaixão é o antídoto para a raiva. Uma vez que estamos motivados pelo desejo de ajudar a outra pessoa a sofrer menos, estamos livres de nossa raiva.

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