segunda-feira, março 30, 2009

Carne aumenta risco de câncer e doença cardíaca

Comer carne vermelha e carne processada (bacon, salsicha, presunto defumado) em excesso aumenta o risco de desenvolvimento de câncer no sistema digestivo e de doenças cardiovasculares. É o que aponta estudo realizado com 500 mil americanos de 50 a 71 anos de idade, divulgado na semana passada, pelo Jornal da Associação Médica Americana (Jama).

De acordo com a pesquisa, em dez anos de acompanhamento, morreram 47.976 homens e 23.276 mulheres entre os 500 mil analisados no período. Do total, 11% das mortes entre os homens e 16% dos óbitos entre as mulheres poderiam ser adiados se houvesse redução do consumo de carne vermelha para 9 gramas do produto a cada mil calorias ingeridas.

O grupo que mais comeu carne vermelha (68 g/1.000 calorias) foi o que apresentou maior incidência de morte. Entre as mortes causadas por doenças cardiovasculares, a diminuição do risco seria de até 21% entre as mulheres.

O perigo da carne processada é devido ao alto teor de sal e gordura saturada, que eleva o risco de contrair doenças cardiovasculares e hipertensão arterial.

(Fonte: www.destakjornal.com.br)

Um comentário:

marcelo disse...

Querido Leo,

mais uma vez obrigado por trazer temas tão oportunos! Estou nessa...

Parece-me que além do risco de doenças, há a maneira como a tal "carne" é produzida... há alguns dias assisti o documentário "A carne é fraca", do Instituto Nina Rosa, que mostra a indústria da carne -- indústria porque os animais são considerados meros produtos e como tal são tratados, sem respeito -- levam uma vida de sofrimento atroz, de tortura inimaginável, do nascimento ao abate -- pintinhos que são debicados, mas só se forem bem amarelinhos (a cor vem de aspirarem formol logo que saem da casca...), pois os que não são comerciáveis são descartados e triturados vivos; os novilhos desmamados que vivem amarrados e suspensos no escuro para ter a carne mais tenra e fornecer o tal baby beef; as vacas engravidando seguidamente de modo artificial que as exaure, para continuarem produzindo leite, sugado não por bezerros mas máquinas que as machucam e deformam; o abate cruel de porcos e bois...

Imagine o simpático Franguinho da Sadia com o bico queimado logo ao nascer -- chamam a isso de debicagem --, vivendo confinado (vivo como, se ele não é amarelinho?... a indústria já o teria descartado e triturado...), estressado, sem poder mover-se, só comendo até chegar no ponto do abate, quando então é pendurado numa linha até ser degolado por uma serra mecânica... Vamos ao supermercado e tudo é tão lindo e limpinho, o Franginho da Sadia está lá sorridente, todo espertinho (fazendo-nos de tolos), nos restaurantes os pratos são tão bem apresentados -- mas comer carne não é só comer cadáver, é ser cúmplice da crueldade com que os animais são tratados.

O próprio Instituto disponibiliza o documentário na internet -- no Google:
http://video.google.com/videoplay?docid=-6718434770864499282

e no Youtube, em duas partes:
http://www.youtube.com/watch?v=EghRqeZA-TU
http://www.youtube.com/watch?v=SKz6sgnUgdg