quinta-feira, julho 13, 2006

Um coração tranquilo

Nesta semana sugerimos a leitura do texto onde o Thay fala em como manter um coração tranquilo e sobre a paz. Segundo ele a paz no mundo só é possível se conseguirmos ter paz em nosso coração. Nesse texto ele cita várias passagens cristãs fazendo um paralelo entre os ensinamentos de Buda e Jesus.

Leia o texto e deixe seus comentários, impressões e vivências a respeito.
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4 comentários:

Anônimo disse...

"Quando tentamos vencer o mal com o mal não estamos trabalhando pela paz". Isso é tão difícil de colocar em prática... Toda a nossa cultura nos empurra para reagirmos com violência a uma violência senão seremos bobos. Mas o comentário dele faz todo o sentido. É só ver israelenses e palestinos. Tenho a impressão que aquela violência não vai terminar nunca porque acada ato violênto vem outro e isso é sem fim.

Anônimo disse...

Recentemente no trabalho tive problemas semelhantes, onde meu chefe ex-chefe queria me prejudicar de qualquer maneira. Fiquei confuso durante algum tempo, com uma mistura de decepção e tristeza. O texto dessa semana também me ajudou.

Não quero deixar que uma pessoa que claramente sofre (seja por que motivo for - não me cabe julgar)me faça sofrer. Depende da minha estabilidade mental.

Como a Liana falou, o refúgio nos ensinamentos é da onde vem a força para buscar a compreensão do que acontece e não se apegar ao ego que ficou ferido, a posições etc.

Anônimo disse...

Caros amigos da Sangha,
li o texto com atenção na tela do computador(embora sinta saudades da leitura em conjunto) e o que mais me chamou a atenção foi a dificuldade que temos em praticar a ação de perdoar os nossos inimigos, e como é fácil fazer novos inimigos a cada dia. O caminho que é mostrado para reverter esta situação me parece, no entanto, realmente esclarecedor. Em primeiro lugar é preciso compreender o outro, nos colocar no lugar dele; mas tão importante quanto compreender é afastar nossos preconceitos e atitudes inflexíveis. Para mim, a compaixão é fruto da compreensào e da flexibilidade. "Tudo é uma questão de manter/ a mente aberta, a espinha ereta/ e o coração tranquilo", como já disse um compositor popular.
Um abraço fraterno a todos,
Roberto.

Anônimo disse...

Primeiro quero parabenizar o Leonardo pela iniciativa. Com este blog e o fórum, há um novo incentivo na direção da leitura do texto. Sobre o tema, tenho um depoimento. Há alguns anos tive um chefe muito difícil. Com o tempo fui vivendo um medo muito grande na sua presença, juntamente com uma raiva por ele me tratar tão mal. Quando o via chegando de manhã na empresa, sentia imediatamente como que um buraco no meu chacra umbilical (a emoção do medo está ligada a este chacra, tanto que temos desarranjos quando estamos em situações de muito medo). Certa vez vi na TV uma entrevista em que a pessoa dizia pra gente orar por quem nos incomoda, mas eu tinha tanta raiva dele que não conseguia fazê-lo, sem me sentir uma hipócrita. Até que um dia, conversando com uma amiga sobre a situação, tive um insight e vi-o como uma pessoa profundamente doente das emoções. A partir daquele dia consegui orar por ele, conviver com mais compaixão. Um mês depois ele saiu da empresa e eu fiquei com a nítida sensação que ele ficou comigo o tempo necessário pra eu aprender esta lição.
Gostaria de comentar outra coisa do texto, a qual discordo. Sobre o monge que se matou pela causa, eu não concordo que um ser humano retire sua vida, seja lá por qual motivo for (e Jesus não se matou, ele foi morto). Não concordo com práticas de auto-sacrifício sob nenhuma hipótese pq penso que temos que ter um profundo respeito pela vida e pelo nosso corpo que é nosso instrumento de aprendizado nesta vida atual. Tirar a própria vida ou a de outrem, sob qualquer alegação é pra mim desrespeitar as leis naturais da vida.
Por fim, sobre amar o inimigo, Jesus tb disse que é bem diferente a forma como se ama um amigo da como se ama um inimigo. Isso eu li no Evangelho, mas não o tenho aqui pra citar o versículo. Logo, acredito que, sim, a compreensão é apaziguadora e gera a compaixão, mas ainda assim, o sentimento de amar a um filho querido e compreender alguém que nos atormenta é um pouco diferente. Vou procurar no livro a referência e envio a vcs depois, caso queiram lê-la no original.
Agradeço a oportunidade e principalmente foi bom relembrar o quanto Jesus foi e é um espírito iluminado com profunda sabedoria e amor por todos nós.
Agraços
Shirley