quarta-feira, janeiro 25, 2012

Fazendo as pazes com a tangerina

Nesse texto (clique aqui), Thich Nhat Hanh nos mostra a importância de nos concentrarmos nas atividades que estamos fazendo no momento presente, seja comer uma tangerina ou lavar a louça.

Thay diz que a tangerina tem vários gomos. Se você é capaz de saborear um deles, é provável que saboreie a tangerina inteira. Mas se você não consegue saborear um gomo, o conseguirá tampouco saborear a tangerina inteira.

Ensina também que enquanto se lava a louça, deve-se somente lavar a louça, o que quer dizer: enquanto se está lavando louça, deve-se estar totalmente consciente do fato de que se está lavando louça. A princípio pode parecer uma tolice: “por que dar tanta importância a coisa tão simples? Mas a questão é justamente essa. O fato de eu estar nesse lugar, lavando essa louça, é uma realidade maravilhosa. Eu aí estou totalmente consciente de mim, acompanhando minha respiração, sentindo minha presença, observando meus pensamentos e ações.

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3 comentários:

Monge laico disse...

Gosto muito desse texto. E, realmente, qualquer tarefa, qualquer uma, torna-se meditação quando aplicamos a atenção plena. Pego-me sorrindo mesmo quando faço coisas que antes detestava. Agradeço a Thay por esse ensinamento valioso, que mudou minha vida.

Jorge Quercia disse...

Neste período de férias, com um pouco mais de tempo, quero deixar o seguinte comentário: Este texto do Thay "Fazendo as pazes com a tangerina", nos faz lembrar do livro “O espectro da Consciência”, onde o autor, Ken Wilber (o jornal alemão Die Welt declarou Wilber como "o maior pensador no campo da evolução da consciência), tece os seguintes comentários acerca das filosofias oriental (budismo) e ocidental : “...a opinião de pesquisadores conscienciosos e que experimentaram os vários níveis da consciência incluindo o de sermos um ego (enfoque ocidental) e o de transcendermos o ego (enfoque oriental, budismo) é surpreendentemente unânime: transcender o ego é um estado ou nível de consciência infinitamente mais rico, mais natural e mais satisfatório do que o ego poderia imaginar em seus vôos mais desatinados de fantasia.”

Ai está, provavelmente, a mais simples e profunda constatação de que o budismo, nas palavras do Thay, no texto “Fazendo as pazes com a tangerina” para ser completamente entendido precisa se deslocar do nosso entendimento cartesiano, ocidental e da nossa educação religiosa judaico-cristã, para uma outra faixa do espectro da consciência que permite transcender o ego para poder entrar em contato com a total liberdade.
Podemos constatar, por experiência pessoal, que a nossa prática diária em busca da atenção e da consciência plenas, ao invés de trazer qualquer sensação de repressão mental leva-nos a sentir, ao contrário, a liberdade de perceber tudo que há e completa liberação da causa principal de todo o sofrimento.
Saudaçoes

Annamaria disse...

Aprendi muito com ele. Sábio, maravilhoso!!!